Santa Maria contará com seu segundo curso de Medicina em 2015. Essa é a previsão do Centro Universitário Franciscano (Unifra), que teve parecer favorável para a criação da graduação pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Após quase dois anos de burocracia, agora, a instituição depende de dois processos: a aprovação pelo Conselho Nacional de Medicina e a homologação oficial pelo Ministério da Educação. Segundo a Unifra, já foi encaminhada toda a documentação para vencer esses trâmites. Caso isso ocorra, o vestibular de verão, em 2 de dezembro, terá a oferta de vagas para Medicina. A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) ofertou 121 vagas para a mesma graduação em seu último vestibular.
Na Unifra, serão 80 oportunidades divididas em duas turmas, com ingresso no primeiro e segundo semestres de 2015. O corpo docente será formado por 40 profissionais. Alguns deles já fazem parte da instituição, e outros já estão pré-contratados. Em avaliação, profissionais do MEC emitiram nota 4,8 para o corpo docente, em uma pontuação em que o máximo é 5.
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Entre os requisitos para criação do curso está a necessidade de se disponibilizar no mínimo cinco leitos para cada aluno. Com isso, a necessidade é de pelo menos 400 leitos. Para isso, a Unifra firmou convênio com sete hospitais região, além do hospital São Francisco, adquirido pelo Centro (leia no quadro ao lado). As aulas serão ministradas nessas instituições de saúde e também no campus da Unifra, na Rua Silva Jardim.
Beneficiará a região, pelos novos profissionais, os estudantes, que terão mais uma opção na cidade, e a própria instituição, que certamente terá um salto de qualidade afirma a reitora Iraní Rupolo.
Entre os focos do curso está a formação de profissionais generalistas, ou seja, clínicos gerais e que oferecem atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS). Outro foco é a formação de profissionais para atuar em casos de baixa, média e alta complexidade.
A reitora da Unifra explica ainda que o projeto do curso foi pensado por profissionais contratados pela instituição que analisaram as necessidades médicas da região. Com esse foco, aliado aos convênios, a região contará com novos profissionais.
Já a situação do hospital São Francisco e sua ampliação não caminha diretamente junto com a graduação. Conforme Iraní, ele precisará de reformas graduais em diversos setores para comportar as aulas, que devem ser realizadas ao longo do ano. Entretanto, a ala psiquiátrica, por exemplo, já foi reformada e abrigará residência na área a partir do dia 6 de março.
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